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Cerro Azul,22/10/2024

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A SEXUALIDADE DA MULHER NA TERCEIRA IDADE

A SEXUALIDADE DA MULHER NA TERCEIRA IDADE

A MULHER IDOSA TEM DESEJO SEXUAL?

O processo de envelhecimento desenvolve-se desde o início da vida do indivíduo, sendo mais evidente no período denominado “velhice”. Esse processo se expressa a partir das influências de fatores internos e externos, como os hormônios, radicais livres, dieta, estilo de vida, exercícios físicos, as influências psicossociais e a exposição ambiental.

Ficou muito claro que na velhice o desejo sexual não desaparece. Ele pode ser alterado temporariamente, apenas o menor vigor, ou a menor vitalidade física, impede de ser o desejo tão ativo como antes. As frequências das atividades sexuais são menores e menos intensas, porém mais sensíveis.

Embora os desejos e as necessidade possam mudar ao longo do tempo, a sexualidade nunca desaparece completamente. É por isso que é fundamental que as mulheres mais velhas tenham acesso a informações precisas e atualizadas sobre sexualidade e possam desfrutar da intimidade sexual de maneira segura e prazerosa.

A sexualidade feminina na terceira idade é um tema frequentemente negligenciado e rodeado de tabus e estereótipos em nossa sociedade. 

 Muitas pessoas acreditam que as mulheres idosas perdem o interesse ou a capacidade de ter relações sexuais após a menopausa, o que é completamente equivocado e prejudica a vida sexual dessas mulheres.

A sexualidade é uma dimensão natural e saudável da vida humana em qualquer idade, e isso inclui a terceira idade.  Embora os corpos mudem com o passar do tempo e as necessidades e preferências possam ser diferentes em cada fase da vida, a capacidade de sentir prazer e intimidade não desaparece completamente.

A menopausa é frequentemente associada a uma diminuição da libido ou à secura vaginal, o que pode levar muitas pessoas a acreditar que as mulheres idosas não são mais capazes de ter relações sexuais satisfatórias. 

A secura vaginal, por exemplo, pode ser tratada com terapia hormonal ou lubrificantes de boa qualidade, e muitas mulheres conseguem manter uma vida sexual ativa e prazerosa mesmo após a menopausa. 

Existem diversas técnicas que podem melhorar os distúrbios sexuais das mulheres climatéricas. A periodicidade com que se pratica o sexo, a utilização de fármacos locais específicos e os chamados exercícios de Kegel (Ginastica Intima e Pompoarismo) são utilizados como forma na promoção da saúde sexual de mulheres podendo atribuir na melhora de disfunções ou problemas sexuais além de contribuir para elasticidade e lubrificação vaginal característicos das mulheres na terceira idade.

As mulheres climatéricas também, devido à redução da lubrificação vaginal, devem receber maiores estímulos de preliminares, de forma a induzir melhores resposta durante suas práticas sexuais. Isso também motiva a redução de dores e situações de ansiedade e insatisfação que afetam negativamente a sua sexualidade.

É importante ressaltar que cada mulher é única e pode ter diferentes necessidades e limitações na sua vida sexual. 

Algumas podem ter problemas de saúde que afetam a sexualidade, como doenças crônicas, dor crônica ou limitações físicas. Nesses casos, é importante procurar ajuda médica especializada e discutir com o parceiro ou parceira maneiras de manter a intimidade e o prazer na relação.

Existem muitos mitos e equívocos sobre a sexualidade das mulheres idosas que são prejudiciais e limitantes. Aqui estão quatro pontos-chave de mitos comuns sobre a sexualidade feminina na terceira idade:

1. Mulheres idosas não sentem desejo sexual: Esse é um mito comum que pode ser prejudicial para as mulheres idosas, pois pode fazer com que se sintam envergonhadas ou inadequadas por terem desejo sexual. No entanto, muitas mulheres idosas experimentam desejo sexual e podem ter uma vida sexual ativa e satisfatória.

2. Mulheres idosas não podem ter orgasmos: Este é outro mito prejudicial que pode levar as mulheres idosas a se sentirem mal ou envergonhadas por terem dificuldade em alcançar o orgasmo. Na verdade, muitas mulheres idosas ainda são capazes de ter orgasmos e desfrutar de uma vida sexual plena. 

3. Mulheres idosas não precisam se preocupar com a prevenção de ISTs: Este é um mito perigoso que pode levar as mulheres idosas a não se protegerem adequadamente contra infecções sexualmente transmissíveis. As ISTs são uma preocupação em qualquer idade e devem ser levadas a sério, especialmente entre as mulheres idosas, que muitas vezes têm um sistema imunológico enfraquecido. 

4. A vida sexual das mulheres idosas é menos satisfatória do que a dos homens idosos: Este é um mito prejudicial que sugere que as mulheres perdem seu desejo e prazer sexual à medida que envelhecem, enquanto os homens continuam a desfrutar de uma vida sexual satisfatória. Na verdade, a sexualidade é uma parte importante da vida em qualquer idade e não há razão para acreditar que as mulheres perdem o desejo sexual com o envelhecimento.

Portanto, é importante abordar os mitos e tabus que atingem a sexualidade nas mulheres da terceira idade afim de desmitificá-los pautado no em basamento científico. 

Muitos são as crendices que cercam as práticas sexuais, tendo forte influência sobre as escolhas das pessoas, bem como, elas serão vistas pela sociedade como o hímen como a prova da virgindade, que as mulheres não têm desejo sexual durante a gestação; o tamanho do pênis influi no prazer; a ereção indica necessidade de relações sexuais imediatas; a menopausa assinala o fim da vida sexual da mulher; a mulher não deve vivenciar atividade sexual em que a vagina não intervenha como zona erógena; a mulher deve chegar ao orgasmo durante o coito, pois somente a penetração é a forma correta de lográ-lo; a mulher deve dar por finalizado o ato sexual assim que o homem tenha ejaculado - o sexo acaba no gozo dele estes e outras crendices são ainda muito difundidas na atualidade e podem ser vistas também como influenciadoras das práticas sexuais (REIS, 2011).

Pesquisas mostram que muitas mulheres mais velhas continuam a ter uma vida sexual ativa e satisfatória.  Na verdade, muitas mulheres relatam que sua vida sexual melhora com a idade, à medida que se tornam mais confiantes em seus corpos e em seus desejos sexuais. 

Além disso, as mulheres também podem desfrutar de maior intimidade emocional em relacionamentos mais longos e maduros. Apesar das alterações fisiológicas que ocorrem ao longo da vida de uma mulher, a sexualidade não cessa frente ao envelhecimento. Deve-se ressaltar, que as mudanças de caráter biológico podem sim interferir nas práticas sexuais; porém, não as inativam.

É importante lembrar que a sexualidade é uma experiência individual e pessoal. Não devemos generalizar com base no gênero ou idade. 

Cada pessoa tem seu próprio ritmo e desejo sexual. Além disso, a saúde física e emocional também pode afetar a vida sexual, independentemente da idade.

  É crucial acabar com esse mito e promover a ideia de que a sexualidade é uma parte importante da vida humana em todas as fases da vida. Devemos encorajar a discussão aberta e honesta sobre a sexualidade para que possamos desafiar esses mitos e promover uma compreensão mais positiva e inclusiva da sexualidade humana.

Os idosos têm basicamente as mesmas necessidades sexuais e de bem-estar que jovens e adultos, e devem continuar se enxergando como seres sexuais. “E não, não é porque você envelheceu que você não vai transar mais, você tem desejo sexual sim, essa fase é um pouquinho mais complicada e depois você volta à sua rotina sexual. Envelhecimento não significa não ter orgasmo, e não significa vida sexual anulada. Você só precisa de ajustes. 

Embora a idade, por si só, não seja um motivo para mudar o sexo desfrutado durante a vida, podem acabar sendo necessárias algumas adaptações, em decorrência de limitações físicas ou efeitos de doenças.

Por muito tempo, pouco se sabia sobre a sexualidade, tal desconhecimento foi dando margens às influências culturais que tomavam como verdades mitos e tabus. Essas questões foram sendo transferidas séculos após séculos refletindo negativamente na sexualidade em geral e principalmente naquela relacionada aos indivíduos da terceira idade (CARDOSO; LAZZAROTTO, 2014). 

A sociedade humana é marcada por muitos preconceitos e tabus no que se refere às questões relacionada a sexualidade na velhice, tendo em vista que essa fase é mais vinculada a limitações. É imprescindível que haja uma conscientização de que a sexualidade é inerente a todo ser humano, aparece em todas as fases da vida, não apenas nos mais jovens. Entretanto, é uma temática na qual ocorre certa omissão por parte da sociedade em discuti-la, onde há um pré-conceito formado de que os idosos não devam sentir e/ou oferecer prazer.

Diante disso, os idosos geralmente canalizam suas vontades e desejos sexuais com anseio da repressão que vão sofrer mediante a sociedade. Em suma, faz-se necessário o rompimento desse paradigma relacionado ao sexo na terceira idade e uma consequente aceitação, para que assim os idosos possam usufruir de maneira plena e satisfatória sua sexualidade. (SANTOS; SILVA, 2015).

Também se deve considerar que parte da população idosa tem dificuldade de expor sua vida sexual. Por isso, a terapia sexual na terceira idade, independente de outras intervenções clínicas, vem como uma forma de traçar estratégias em relação aos problemas e/ou disfunções sexuais que acompanha o idoso (DANTAS, 2017). 

Tal modalidade terapêutica busca uma abordagem holística esclarecendo dúvidas e desenvolvendo técnicas sobre a sexualidade na velhice contribuindo na qualidade de vida sexual de mulheres idosas e revertendo e atenuando problemas ou disfunções sexuais de fundo orgânico, psíquico ou provocados pela influência cultural em que a mulher vive e viveu.

Fonte: https://abracs.org.br/sexualidade-da-mulher-60/

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