Acadêmicas do Curso de Tecnologia em Gestão Pública Realizam Trabalho sobre Bullying em Colégio de Cerro Azul
Ontem, dia 25 de outubro, realizou-se uma pequena exposição dos trabalhos realizados durante o projeto extenconista do curso de Tecnologia em Gestão Pública , o tema é sobre Bullying na escola. A atividade foi desenvolvida com os alunos do 6º ano do turno da tarde do Colégio Princesa Isabel de Cerro Azul-PR e orientada por Professora Drika (Adriane Lourenço), sua irmã Josiane, a acadêmica Alcicleia Jaquetti e Professora Adriana Chaves. Nós conversamos com alguns alunos envolvidos na atividade para saber o que eles aprenderam sobre o assunto.
Observação: Decidimos retirar o vídeo com depoimentos de crianças para preservar sua imagem, tendo em vista a dramaticidade dos relatos.
Simultaneamente, Colégio Estadual Princesa Isabel de Cerro Azul promove palestra sobre Bullying para alunos do Ensino Médio. Infelizmente, a falta de luz no período da tarde prejudicou a apresentação, uma vez que palestrante não conseguia falar num tom alto. Assista a um rápido resumo com a palestrante Aline do Sebrae PR.
UMA VÍTIMA DE BULLYING COM TRANSTORNO BIPOLAR
Conversei com um ex-aluno da instituição que não conseguiu terminar o Ensino Médio por problemas de bullying. Os efeitos do bullying foram potencializados porque a vítima sofria também de transtorno bipolar
Eu lhe pedi para relatar o que acontecia no colégio com ele.
“Acontecia muitas coisas só que eu não lembro da maioria. Eu acredito que o primeiro a esquecer é o mais feliz. E se minhas lembranças forem apenas sofrimento melhor que eu nem tenha, né. Então, pouco a pouco meu cérebro apagou a maioria.
Mas acontecia que eu era excluído principalmente exemplo na hora da saída; era todo mundo muito apertado querendo correr para sair mas em volta de mim tinha um circulo enorme de uns 2 metros que não tinha ninguém, enquanto os outros tudo se espremendo ninguém queria nem chegar perto de mim.
Era como se eu tivesse uma doença , encostar em mim era o fim do mundo, as pessoas não queriam nem falar comigo, me ignoravam mandavam eu calar a boca, ameaçavam me bater e foi sempre assim desde o ensino fundamental.
Eu não podia nem jogar bola com os outros garotos porque eles ameaçavam me bater em grupo se eu pedisse pro professor pra jogar e já aconteceu de juntarem 3 pra me bater porque eu pedi pra jogar. Não doía nada fisicamente porque eu estava acostumado a apanhar dos meus pais que são muito mais fortes que crianças né mas a dor era emocional a dor de saber que eu não pertencia a lugar nenhum no mundo de notar que eu passaria o resto da minha vida sozinho sem motivo algum, eu pensei que fosse personalidade ...
Mudei. Mudou nada.
Pensei que fosse aparência.
Mudei e continuou a mesma coisa. Eu mudei várias vezes para tentar me encaixar, mas eu estava tranquilo até porque eu ia estudar em Curitiba a partir do 9 ano.
Se mudar a minha pessoa não adiantaria, eu poderia mudar o ambiente em que eu estava e ai talvez mudasse algo mas no fim demorou de mais para eu ir e quando fui eu tive a sensação de que ia acontecer a mesma coisa escola pra mim foi um trauma muito grande e hoje eu quero distancia dela, só quero terminar os estudos fazendo a prova q passa o resto dos anos e depois nunca mais pisar em uma escola de novo. Nunca aprendi nada lá mesmo, só fui pra sofrer.”
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